quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

E eu

E eu...
Que tanto sei, que tanto sou
Que sei que nada sou sem vôs...
Louco e sem voz
Pois apenas há liberdade
Se vos seguro presas em meus braços

Sem isso, invade o peito
Essa saudade, fico sem jeito
Sem vontade para nada

Não vos largo por nada
Embora tantas vezes tenha de me afastar
Por dias e semanas
Por quilómetros sem fim

Mas mesmo a meio mundo longe
Sois tudo para mim
Meu certo, mesmo se errado
Meu perto, mesmo se afastado

Eu, que tudo sei
Só sei que não sou nada sem ti
E eu, que tudo tenho
Não tenho nada sem te ter em meus braços
Sem teus abraços, sou surdo se não te posso ouvir

Para quê a minha boca
Se não te posso beijar, e não planeio sorrir

E eu...que parece que nasci soldado
Não sou de ferro, meu partido não pode ser soldado
Mas a chuva me deixa enferrujado
Quando não estas para me cuidar

Camões diz que amor é fogo que arde sem se ver
Mas ele só tinha um olho...não viu bem
Pois vê-se e sente-se
Vejo-o quando me vejo refletido no brilho do teu olhar
Quando te vejo, de alma despida na minha cama
Até se ouve, no som do silêncio de quem se ama

E eu, que não sou sequer eu sem ti
Que não sei nem sinto
Se sei que não te sinto

E eu

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