Mártir esperança, que esperas com a inocência dos olhos de uma criança, esperando alterar a realidade que se mostra inevitável, procurando o improvável, quase como sem noção, aceitando o lamentável estrago feito no coração.
Bastava uma estrela cadente, um olhar inocente que se decidisse entregar, um desejo realizado, fechado num beijo que parece fazer o tempo congelar.
Oh mártir esperança, se depois da tempestade bem a bonança, porque parece que só me sobra a mudança entre ventos e trovoada ..
Quantas vezes darei eu tudo em troca de nada, nem fábula nem contos de fada.
Mas amar não pode ser errado, e não sei temer o mar agitado, nem que o vento gelado me faça tremer.
Que a trovoada ilumine a noite escura, que seja conquista ou sepultura porque não sei ser outro se não quem sou.
E se não sei por onde vou, que siga em frente, e que eu saiba ser diferente, indiferente ao que me faça parar, e que saiba sofrer tanto quanto esta mártir esperança precisar, mas que consiga ver o florescer das cerejeiras , sentir pessoas verdadeiras , e saber sentir as coisas como se fossem as primeiras
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