domingo, 27 de outubro de 2013

Sou...

Posso pisar...saltar sem nunca me aperceber
Essa suposta linha entre a realidade e a fantasia
Talvez por ela nem sequer, mais do que não se ver, não existir
Viver cada dia, seguindo apenas a verdade
Sem medo de ser diferente, seguir em frente
Sorrir, mesmo que me julguem louco
Porque eu tenho coragem para admitir
Mas todos o são um pouco
Conto pela mão aqueles que são verdadeiros
E tento aproveitar o tempo
Antes que me sejam roubados pelos ponteiros
Alento? Encontrado numa queda de água, na calma de um rio
Fico atento, procuro algo que preencha este vazio
Porque sou frio? Talvez a vida tenha roubado meu calor
Morto meu amor, me levado a esperança
Obrigado a crescer quando só queria ser criança
Mas o tempo passa a correr, e vou vivendo, dia a dia
Marcando presença, um brilho no olhar
Um sorriso no rosto, palavras meigas para as pessoas de quem gosto
Faço minha a sua alegria
E a palavra que contagia, me faz eterno
Porque não sou nada mais
Que um ser que vagueia entre o céu e o inferno

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Eu

Porque me acho verdadeiro?...
Ganho dinheiro para viver
Não vivo para ganhar dinheiro
Não me preocupo em chegar em primeiro
Apenas em que nenhum dos meus fique para trás
E sei que para alcançar coisas boas
Tenho de enfrentar e lidar com as más
E mesmo com desilusões que a vida trás
Promessas vás e vazias...dor que tanto magoa
Vou erguendo o castelo com as pedras do caminho
Como diria pessoa
E sei que não estou sozinho, com os poucos que posso contar
Iria ver as pessoas da mesma forma, porque não é a aparência que julgo
Mesmo que a luz abandonasse o meu olhar e a escuridão conseguisse me cegar
Mesmo mudo conseguiria dizer tudo
Letras no papel fazem o lugar de minha voz
Vivo, acordado mas a sonhar...
Mesmo sozinho nunca estarei a sós

sábado, 5 de outubro de 2013

Não somos tão diferentes

Não somos tão diferentes...
Contasse pelas mãos os amigos que estão do nosso lado
Eu entendo bem como te sentes
Faltam as mãos para contar as vezes que tentei
Cai e me senti como um falhado
Tu também não mentes
Mas sentes que há volta só há falsidade
E na escuridão só procuras uma pequena luz a brilhar
Algo em que te agarrar, algo de verdade
Um caminho para seguir, algo capaz de te guiar
Um motivo para sorrir, um lugar para fugir
Eu olho por ti...olho para ti e sorrio
Tens um coração lindo...tão cheio
Mas teu olhar está vazio
Sei que tens receio...
Eu te agarro...encontras a calma a beira rio
No meio do nada...longe de tudo
E quando o ruído fica mudo te sentes perto de ti
Quando estavas sempre tão distante
Dentro de ti, essa luz apagada
Que eu procuro...a quero de novo brilhante
Não somos tão diferentes
Partida de entes queridos
Laços rompidos e todos os sentidos deixaram de fazer sentido
Pensar "eu já não consigo..." ou que nem vale a pena tentar
Mas tem calma...a vida é pequena...não deixes de lutar
Eu luto contigo, passo a passo um pouco mais perto
Mesmo que por vezes seja difícil destingir o que é certo