sábado, 26 de janeiro de 2013

Fui em frente...


Fui em frente
Perdi-me na escuridão
Enquanto tentava manter unida a minha gente
Pelo caminho acabei por perder o coração
E nem a minha sombra ficou do meu lado
Aqui não há estrelas nem Lua
Sinto que nada tem significado
Tento seguir, com o peito cheio de mágoa
Por vezes sinto um arrepio
Olho em frente, imagino um brilho, ouço cair a água
Mas rapidamente o calor dá de novo lugar ao frio
Ódio que me consome lentamente
Junto com a loucura, vai-se preenchendo o vazio
Vagueio sem destino
Deixo pegadas para trás
Feitas das esperanças de quando era um menino
Que foram sendo mortas por todas as coisas más
Por todas as promessas vás
Sigo em frente...
Porque é a única coisa que posso fazer
Aqueles que um dia acreditaram que seria diferente
Não seriam capazes sequer de me reconhecer
É fácil sorrir quando tudo está bem
Mas um dia tudo acaba
E ai ao teu lado não fica ninguém
Viram a cara enquanto o teu mundo desaba
Tudo a tua volta cai, como peças de dominó
E cais, como eu cai, em direcção ao infinito nada
Novamente só
Até a areia da ampulheta acabar
E o teu corpo virar novamente pó

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