Árvores que buscam tocar os céus
Devem mergulhar as raízes no inferno
Tudo na vida é tênue e efêmoro
Não vivas como se fosses eterno
O amanhã é uma incerteza
Somos kintsugi
É na imperfeição que está a beleza
Na luz que toca a escuridão
Na calma encontrada na confusão
No recuo frente ao progresso
No avanço e no retroceso
Não seremos o que somos
Somos constante processo
Entre o próximo e o distante
Somos o instante
O instinto
Não somos o que há em comum
Mas o pequeno detalhe distinto
As marcas de batom e manchas de vinho tinto
A incerteza, e a coragem
O passo em frente ao desconhecido
Somos o diferente, somos o parecido
Somos o destino e a viagem
Somos sul e norte
Azar, e sorte
Somos o fugir da vida
E o namorar da morte
Somos o que perdemos,
Somos o que ganhamos
Somos o que somos
Somos humanos
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