segunda-feira, 24 de março de 2025

Que te roa o que não fomos

Olha-me enquanto passo

Sente o espaço
A distância do que fora proximidade
E a ilusão do que era realidade
Mas nunca mais será verdadeiro

Olha-me e morde o lábio
Tenta ignorar as memórias que te trazem o meu cheiro
E sente-te ruida pela saudade
De tudo o que foi, e do que não será
Amaldiçoa as noites que teriam sido
E o não me teres contigo
Ao despertar pela manhã

Mas não maldigas a sorte
Pois foram os teus próprios passos
Que te privaram do meu toque


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