terça-feira, 8 de outubro de 2019

Livro que ninguém lê

Olhar apagado e vazio Livro aberto que ninguém lê Sentado a beira rio Procuras paz que não consegues sentir Sentimento estranho, escuridão Tentas mas não consegues sorrir Sentes-te sozinho, no meio da multidão Milhafre que não voa Espinho cravado no coração E asa partida Preso ao chão, grilheta que não se vê mas magoa O teu olhar teve o brilho do sol E a magia do céu estrelado Hoje é o gelo de inverno Turvo como um dia nublado Sombra do que foste outrora um dia Agora vagueias pelo chão Como um papel amarrotado cheio de poesia

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