Perco-me...
Nos meus pensamentos, e na floresta
Agarrado aos bocados
Daquilo que me resta
Perco-me e sinto-me por todo o lado
E sem nenhum lado para estar
Perco-me porque me sinto quebrado
E impossível de reparar
Perco-me no meio da escuridão...
Para me poder encontrar
Perco-me como perdi a poesia
Como perdi o amor
Mas encontro-me, com o nascer do sol e um novo dia
Como por magia, acordo sonhador
Conhecedor e sapiente
Pois de repente, entendo que o que procurava
Sempre esteve no meu interior
Eu sou o amor que dava
E que quase se esgotou
Por não o saber dar, ou dar-lo de forma errada
Mas aquilo que procuro, é, na verdade, aquilo que eu sou
As cicatrizes de quem errou
As rugas de quem conquistou memórias felizes
O nome que dizes, quando estás triste e procuras sorriso
Este ser que existe na sua loucura, e rejeita o juízo
Sem juízo de valores
Vê o amor nas borboletas e no desabrochar das flores
E talvez por ser sombra, adore a luz de um novo dia
E eu...lembrado por uma pena, do verdadeiro significado:
Que nunca poderei perder a poesia
Quando ela me encontra, em qualquer lado
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